quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Mal Nenhum - Capítulo Dois

A moça estava sentada debaixo de uma árvore de manga, enquanto escrevia uma cena ouvindo The Killers no volume próximo do máximo.
Estava a quatro noites sem sair e isso estava começando a incomoda-la.
'Cause heaven ain't close to a place like this... tocou e a menina sorriu. Realmente, o paraíso era muito longe dali ou de qualquer outro lugar que ela poderia estar.
Ela olhou ao redor e viu os inúmeros grupos que havia ali. As patricinhas sentadas com os jogadores de futebol, os nerds estudando e os populares no geral zoando alguém em uma rede social qualquer. Lá perto, ela pode ver o rapaz, que recentemente descobriu ser seu vizinho no dormitório. Ele estava com um violão e um caderno, tocando sozinho enquanto escrevia algo, provavelmente estava compondo.
Annabelle voltou à história e, consequentemente, acabou aplicando um pouco mais de realidade em seus personagens. Bruce já estava entre eles.
O rapaz olhou para ela. Precisava saber cada detalhe antes de terminar a música.
- Oi. - uma voz feminina falou e ele olhou assustado para o lado, vendo a ruiva sorrir falsa para ele.
- Uhm... oi! - sorriu confuso.
- Meu nome é Amily, pode me chamar de Amy, qual o seu? - perguntou se sentando ao lado dele, o deixando totalmente desconfortável.
- Por que você quer saber? - respondeu meio rude, sem tirar o sorriso, e a moça riu.
- Porque eu conheço todos na escola e quero ser sua amiga. Também percebi que você fica olhando demais a esquisita e resolvi te ajudar a saber sobre quem é bom falar e quem não é. - disse com um sorriso ainda mais falso no final.
O rapaz riu seco e a olhou com ironia. Ele realmente detestava aquela escola.
- Acho que deve decidir quem falar ou não eu mesmo, não concorda?! - a menina revirou os olhos discretamente.
- Totalmente. Mas aqui não gostamos muito das pessoas que ficam de conversa com esquisitos. Como Annabelle. Ela odeia todos aqui, gosta de quadrinhos, escreve histórias e, ainda por cima, é bi e órfã! Esquisita ao extremo! - falou e o rapaz se levantou, pegando todo seu material.
- Claro. Eu até gostaria de ficar, mas lembrei que tenho dever para fazer. Licença. - e se encaminhou o mais rápido possível para seu dormitório, fazendo questão de passar por Anna.
Ela continuava com a cabeça nas nuvens. O lápis desenhando as palavras que, um dia, gostaria de ouvir para si. Queria alguém como seu personagem, alguém que lhe desse o mundo sem lhe tirar um centímetro do lugar, lhe dar tudo apenas com simples palavras. Mas esse ser não existe! Veja o que houve com seus pais sua anta! Não se apaixone! gritou em sua mente.
Anna era uma pessoa difícil de se achar. De dia, ela era tímida, nerd e geek. A noite, ela poderia ter qualquer ser humano aos seus pés, implorando para tê-la.
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Oi gente! Eu percebi que eu esqueci de dizer uma coisa sobre o principal: as músicas que ele escreve são as músicas da banda Mayday Parade.
E, por favor, comentem! De onde quer que vocês sejam, me digam se estão gostando, o que tem que melhorar... Enfim! Comentem por favor!
É isso. XX Lou

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